quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Cordel do Amado da Bahia

Quero falar de um homem
Que na Bahia é muito aclamado
Escritor brasileiro mais popular
E no mundo inteiro consagrado
Nasceu no sul da Bahia
E de Jorge Amado foi chamado

Filho de João Amado e Eulália Leal
Em 10 de agosto de 1912 nasceu
No distrito de Ferradas, Itabuna
Mas ali pouco tempo viveu
Pois em razão da epidemia de varíola
A família em Ilhéus se estabeleceu

Alfabetizado por sua mãe
Vai freqüentar a escola de D. Guilhermina
Professora que faz da palmatória
O terror de menino e menina
Pois naquele tempo essa prática
Era atividade de rotina

Pelos idos de vinte e dois
Cria o jornalzinho, A LUNETA
Que distribuía nos arredores
De maneira perfeita
Muda-se para Salvador
No internato do Colégio Antonio Vieira se ajeita

O Mar foi o título que a uma redação deu
Para ao padre Luiz Cabral apresentar
Esse dela tanto gostou
Que livros a Jorge passou a emprestar
Mas dois anos depois
Do colégio consegue escapar

Por dois meses viaja
E em Sergipe na casa do avô se instala
Seu pai pede sua volta
O seu tio o leva de cuia e mala
Para Itajuípe então retorna
E seu pai o aguarda sem muita fala 

Nos anos trinta foi para o Rio de janeiro
E direito, lá estudou
Com esquerdistas intelectuais
Contatos ele travou
E em razão disso
Algumas detenções ele levou

Escreve seu primeiro livro em 1931
E o intitula de O País do Carnaval
O livro mostra a história
De Paulo Rigger um intelectual
Que ao desembarcar na Bahia
Toma um corno amoral

Ingressa na política em 1945
Pelo PCB é eleito deputado federal
É dele o projeto de liberdade de culto religioso
Conhece Zelia Gattai e de maneira natural
Com ela se casou
O que foi sensacional

Autor de vários livros
Procura mostrar ao leitor
Os costumes e festas
Da cidade do Salvador
E também os marginalizados
Que nela buscam o amor

Muito ainda teria para dizer
Sobre esse homem arretado
Mas, se quiserem sobre sua vida mais saber
É só pesquisar com mais cuidado
Pois tenho muita certeza
Que muito mais será encontrado

                                                                            Jaguar

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Prestação de Contas ASPROLF/2011

Foi com dificuldades, raiva e tristeza que li a Prestação de Contas da ASPROLF  e me pergunto como é que uma instituição que tem a missão de lutar pelos nossos direitos, comete uma gafe ao publicar uma prestação de contas com um tamanho de letras que dificulta a sua leitura?

"Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei vós a eles" (Mt 7,12). De acordo com Dom Murilo essa orientação está inserida no Sermão da Montanha e conhecida como "regra de ouro do agir". É evidente que a ASPROLF tem que cobrar do Poder Público os nossos direitos, porém, deve ser autêntica e agir da mesmo jeito: respeitando os nossos direitos. Dessa maneira, não há justificativa para que a entidade publique uma Prestação Anual de Contas, com letras que necessitam de lupa para a sua leitura. Transparência é necessária e fundamental, mormente para uma entidade defensora dos direitos e garantias dos seus associados. A entidade já erra ao não cumprir com os ditames do seu Estatuto. Uma leitura acurada ao Art. 24 vai nos mostrar na alínea "o" que é dever da Entidade: "Apresentar mensalmente em boletim informativo a prestação de contas com descriminação das despesas e distribuir nas escolas". Urge portanto uma maior clareza e explicação para os elevados gastos com transporte, alimentação e combustível. Não podemos olvidar, que a Coordenação da ASPROLF está gerindo o nosso dinheiro e, em assim sendo, temos todo o direito de saber como ele está sendo aplicado e administrado. Sabemos bem da lisura dos Coordenadores, mas, o tamanho das letras da prestação de contas dificulta a leitura o que faz com que ele seja relegada e conduza a interrogações.